Os primeiros meses do ano são sempre marcados por muitas despesas. Os gastos abrangem compra de material escolar, pagamento de matrícula em escolas e de alguns impostos. Um desses tributos é o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), cujo valor, dependendo do imóvel, pode pesar bastante no bolso do contribuinte.
Uma dúvida bastante comum sobre esse imposto está relacionada à condição de pagamento: afinal, é melhor pagar à vista ou parcelado? O economista Lauro Chaves Neto, professor da Uece, PhD em Desenvolvimento Regional, destaca que a condição orçamentária do contribuinte é que vai definir o que é mais vantajoso:
“A decisão de pagar o IPTU à vista ou parcelado depende principalmente da condição orçamentária de cada pessoa. Se existir folga financeira que possibilite esse pagamento antecipado, de uma vez só, ele possibilita um desconto - e assim, às vezes, preferencialmente você pode pagar à vista tanto em IPTU como IPVA. No caso de não haver disponibilidade financeira, evite-se se descapitalizar e se endividar para pagar isso à vista”.
Para o economista Lauro Chaves Neto, pagar à vista significa, entre outros pontos positivos, obter descontos e eliminar a exaustiva tarefa de passar meses pagando uma determinada conta.
“O pagamento à vista é sempre vantajoso quando você obtém descontos e quando você elimina a tarefa burocrática de pagar isso durante vários meses seguidos, principalmente levando em conta a questão financeira. Quando você obtém desconto - que eles normalmente são superiores ao que se obteria com esse dinheiro aplicado - e isso faz com que seja financeiramente vantajoso”.
O economista Lauro Chaves Neto orienta que a melhor forma de passar pelo período de acúmulo de despesas no início do ano é fazendo um bom planejamento financeiro no ano anterior.
“É, ao longo do ano, você se preparar para isso. Passado esse período inicial, você pode, durante o ano, reservar uma pequena parcela do seu salário para quando chegar em janeiro de 2024, você não enfrentar novamente esse problema. Outra alternativa é reservar o décimo terceiro, ou uma parte dele, para essas despesas”.
Outras orientações para evitar ficar no vermelho logo no início do ano: evitar ao máximo recorrer a empréstimos, limites do cheque especial ou qualquer outra maneira de crédito do mercado.