A Livraria Cultura teve falência decretada pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O magistrado destacou em sua decisão nesta semana que a empresa descumpriu o plano de recuperação judicial e omitiu informações, o que retira qualquer perspectiva de superação da crise.
O juiz também exonerou a atual administradora judicial, a pedido dela, e nomeou outro escritório para a função. Algumas das medidas determinadas foram a suspensão de ações e execuções contra a falida, proibição de transferência e venda de bens e o bloqueio judicial de contas.
Em 2018, a Cultura, que tem 70 anos de história no mercado, entrou com pedido de recuperação judicial por problemas financeiros causados pela crise de 2015.
Mesmo com a falência decretada, a Cultura publicou em suas redes sociais que todos os canais de atendimento ao cliente e as livrarias do Conjunto Nacional e do Teatro Eva Herz, em São Paulo, e a do Bourbon Shopping, em Porto Alegre, seguem funcionando normalmente.
A Livraria Cultura do Conjunto Nacional começou a ser esvaziada nesta sexta, com várias caixas de livros espalhadas e prateleiras vazias na matriz da empresa. A loja segue aberta até segunda ordem.
Ainda é possível adquirir exemplares no site da empresa, que oferece descontos de até 80% em algumas obras. Se a decisão de falência for mantida, as lojas deverão ser lacradas.