O PIB, Produto Interno Bruto, do Brasil fechou o quarto trimestre do ano passado com recuo de 0,2%, mas terminou 2022 com crescimento de 2,9%. O resultado anual da soma de todos os bens e serviços produzidos no país no ano passado, um total de R$ 9,9 trilhões, foi divulgado nesta quinta-feira (2) pelo IBGE.
De acordo com o IBGE, o crescimento do PIB foi puxado pelas altas no setor de Serviços, com 4,2% e indústria, com 1,6%. Juntos, os dois setores representam cerca de 90% do indicador. Já a Agricultura recuou 1,7% em 2022.
Para o economista César Borges, o resultado veio acima do que era esperado no início do ano passado. No entanto, o país enfrenta uma desaceleração econômica e tem o desafio de reverter o resultado do último trimestre.
Na manhã desta quinta-feira, durante a cerimônia de recriação do Bolsa Família, o presidente Lula citou o resultado do indicador econômico e ressaltou que o país precisa voltar a investir.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse, em conversa com os jornalistas, que trabalha para harmonizar as políticas fiscal e monetária e promover a retomada do crescimento da economia brasileira.
De acordo com nota da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulgada nesta quinta-feira, apesar da desaceleração do PIB de 2022 em relação ao crescimento de 5% em 2021, há vetores positivos para o crescimento nos próximos meses. A Secretaria cita a produção recorde de grãos projetada para a safra 2023; o reajuste real do salário mínio e a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física.