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Economia

Empreendedorismo: 60% sonham em ter o próprio negócio, aponta pesquisa

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Oussama El Ghaouri - Repórter da Rádio Nacional
11/05/2023 - 13:13
Brasília
Movimentação do comércio nas lojas da SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), centro da cidade.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Sessenta porcento dos brasileiros sonhavam em ter o próprio negócio no ano passado. O índice do desejo de empreender foi recorde, depois de uma queda em 2021, quando um pouco mais de 45% tinham esse sonho. 

Se compararmos 2022 com 2017, o percentual mais que triplicou. Os dados são do Monitor Global de Empreendedorismo, que é feito há 23 anos pelo Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e pela Anegepe, a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas. 

A pesquisa mostra que em 2022 quase 70% da população brasileira adulta, de 18 a 64 anos, estava envolvida com empreendedorismo. 

Eram 51 milhões de potenciais empreendedores, ou seja, querendo ter o próprio negócio em três anos, e 42 milhões de empresários já na ativa. 

Os números, segundo o Sebrae, são positivos porque as micro e pequenas empresas respondem por 85% da empregabilidade no país. Mas, mostram também desafios, como a informalidade, de acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima. 

A pesquisa analisou 49 países, como Estados Unidos, China, África do Sul e Chile. E o Brasil ficou com a 2ª maior taxa de potenciais empreendedores, ficando só atrás do Panamá. 

O resultado mostra que é preciso trabalhar mais com o empreendedor, desde o MEI, o microempreendedor individual, até as pequenas empresas. É a avaliação de Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae. 

A pesquisa também mostrou que as empresas com mais de três anos e meio na ativa aumentaram. E houve redução do número de empresários iniciais por necessidade. 

De acordo com o Sebrae, isso significa que a qualidade do empreendedorismo no Brasil melhorou e que a crise econômica provocada pela covid-19 começou a ficar para trás. 

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