Mais de dez milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no Brasil em 2022. Apesar disso, o número de indivíduos considerados pobres passa de 70 milhões. 
Os dados fazem parte do estudo do Instituto Jones dos Santos Neves, vinculado à Secretaria de Estado de Economia e Planejamento do Espírito Santo. A análise foi feita a partir de dados do IBGE de 2022.
A pesquisa mostra que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza diminuiu, recuando de 20 milhões, em 2021, para 13 milhões de indivíduos vivendo em condições de miséria, em 2022. Mas ainda assim os números mostram mais de 80 milhões de brasileiros vivendo entre a pobreza e a extrema pobreza.
Dos 26 estados da federação, 9 deles têm mais da metade da população vivendo na pobreza. Quando considerada a média nacional, que é de 33%, o número sobe para 15 unidades onde a população vive nessa situação e todas estão localizadas nas regiões Nordeste e Norte do país.
O Maranhão é o estado com a maior percentual de pessoas em situação de pobreza, com 58%, em que seis em cada dez maranhenses vivem na pobreza.
Em seguida, aparece o estado do Amazonas, com 56%. Já as menores taxas estão registradas no Rio Grande do Sul com 18%, no Distrito Federal, com pouco mais de 17% e em Santa Catarina com 13% da população vivendo na pobreza.
As referências das linhas de pobreza e extrema pobreza têm como limite o recebimento mensal de R$ 665 e R$ 208, respectivamente.
Segundo o levantamento, o aquecimento do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda realizados pelos municípios, estados e União foram responsáveis por esse recuo nas duas linhas populacionais analisadas.
