A intenção de consumo das famílias avançou 2,6% em junho. A informação é da CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
A queda da inflação, além do esperado, e o mercado de trabalho aquecido têm deixado os consumidores mais dispostos a consumir.
Embora mais otimistas, o endividamento em nível elevado e os juros altos limitam a capacidade de consumo e os efeitos benéficos da maior renda disponível. Com isso, as vendas do varejo e dos serviços têm desacelerado.
O estudo mostra que o consumidor está mais animado com as compras a prazo, principalmente por se sentir mais seguro no emprego. Porém o crédito ainda é um limitador. A pesquisa apontou que 4 em cada 10 consumidores relataram ter mais dificuldade de obter crédito, como aponta a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
Além de mais seguros no emprego, 52% acreditam que terão melhores condições de trabalho nos próximos meses, a maior proporção desde abril de 2015. A perspectiva profissional também aumentou para os de maior renda, mas em menor escala, com majoração de 2,8%.
No recorte por gênero, embora mais homens apontem que a perspectiva no emprego é positiva, 53,1% do total do público masculino, foi entre as mulheres que a proporção mais cresceu em um ano: 8,8 pontos percentuais, o que levou 52,2% das pesquisadas a vislumbrar melhores condições no trabalho, nos próximos meses. Com isso, a intenção de consumo avançou 24% entre as mulheres, e cresceu 19% entre os homens.