Aumentou em setembro o número de endividados entre os consumidores de renda mais baixa e a inadimplência alcançou o mais alto nível desde novembro de 2022 nessa mesma faixa. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio.
O endividamento registrou um acréscimo de 0,3 pontos percentuais em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado entre as famílias que recebem até três salários mínimos.
Já a inadimplência alcançou 38% de consumidores. 18% deles afirmam não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, o maior nível da série histórica para esse indicador.
No cenário geral, a pesquisa mostra que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer permaneceu estável em setembro, cerca de 77% das famílias no país. Esse é o volume de endividados mais baixo desde junho de 2022, o que, de acordo com o estudo, indica uma tendência de estabilidade.
O cartão de crédito continua sendo a modalidade de dívida predominante, citado por mais de 86% do total de endividados.
Segundo a pesquisa, os dados do Banco Central mostram um aumento na concessão de crédito no cartão em relação a agosto de 2022, com um crescimento de 10% nos pagamentos à vista e 28% no parcelado. Destaque para os juros do rotativo do cartão, que atingiu uma média de 445,7% ao ano, a maior alta entre todas as modalidades de dívida.