Foi a primeira reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o presidente depois de Lula ter dito, na última sexta-feira, que “dificilmente” o governo iria cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024. Justamente o que prevê o novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso.
E depois do encontro, o ministro esclareceu: não há nenhum descompromisso do presidente com relação à meta fiscal. Disse que Lula está preocupado e pediu apoio da equipe econômica, principalmente com relação à duas decisões da Justiça que geraram perda de arrecadação. São elas, a que trata da exclusão do ICMS sobre a base de cálculo do PIS e Cofins e a que trata da subvenção de empresas – da ajuda para investimentos de empresas.
O ministro admitiu que a situação é desafiadora, mas que vai buscar, até o fim, o equilíbrio fiscal, inclusive com conversas com líderes no Congresso.
Haddad aproveitou a coletiva para divulgar dois indicados para novas diretorias do Banco Central. São eles: Paulo Pichetti, para a diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, e Rodrigo Teixeira, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Pichetti é professor de economia da FGV, com mestrado pela USP e doutorado pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Já Rodrigo Teixeira é funcionário de carreira do Banco Central, com mestrado e doutorado pela USP.
São mandatos que terminam agora dia 31 de dezembro.
Os nomes dos indicados foram levados ao presidente Lula, aprovados por ele, após conversas, também, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o do Senado Rodrigo Pacheco. As duas indicações ainda precisam passar por sabatina no Senado e ter o nome aprovado em plenário.
