Estudo aponta redução da concentração da renda em grandes cidades
O levantamento mostra que, em 2002, apenas quatro cidades - São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, respondiam por cerca de um quarto do Produto Interno Bruto nacional, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já em 2021, foi necessária a participação somada de 11 cidades para compor essa parcela de 25%. 
Entraram no grupo outras quatro capitais: Manaus, Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza. E também três cidades de grande e médio porte: Osasco, e Guarulhos, no estado de São Paulo, e Maricá, no Rio de Janeiro. O IBGE também calculou que em 2002, era preciso somar as riquezas de 48 cidades para se alcançar 50% do PIB brasileiro.
Já em 2021, a metade mais rica do país era composta por 87 municípios, comprovando a diminuição dessa concentração. As capitais também registraram em 2021 a menor participação da série histórica, 27,6% do PIB. Quase duas décadas antes, essa concentração era de 36,1%. De acordo com o analista do IBGE, Luiz Antônio de Sá, os números de 2021 também são explicados pelo desempenho do setor de serviços durante a pandemia de Covid-19.
Ele complementa que esse movimento também é percebido na tabela de PIB per capita, ou seja, a riqueza total da cidade dividido pelo número de habitantes.
