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Economia

Copom: incertezas sobre inflação podem reduzir ritmo de corte da Selic

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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
26/03/2024 - 15:08
Brasília
Banco Central
© Arquivo/Agência Brasil

O aumento nas incertezas sobre a inflação pode reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros da economia, a Selic. A avaliação está na ata da reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (26). Na semana passada, o comitê reduziu a taxa para 10,75%.

Na reunião, o Comitê avaliou que no exterior o cenário desinflacionário está mais incerto por causa da atividade econômica nos Estados Unidos. Já dentro do Brasil, a preocupação é com a meta de déficit zero do governo e o setor de serviços, segundo o economista e professor Cesar Bergo. "Embora a arrecadação tenha melhorado, ainda tem certa incerteza com relação ao cumprimento do arcabouço fiscal. Por tanto é uma sinalização do Banco Central essa preocupação. A outra é com relação ao setor de Serviços, pois a resiliência inflacionária do setor de Serviços acaba dando esse reflexo e leva o Banco Central a adotar uma política que eles chamam de prudente". 

A ata mostra que alguns membros do Copom, argumentaram que, se a incerteza permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de relaxamento dos juros pode ser apropriado.

Já o professor Cesar Bergo tem uma opinião mais otimista por causa dos dados positivos para a economia e para a inflação. "Do ponto de vista de reduzir os cortes, eu acredito que não. Deve ser mantida, provavelmente, essa dinâmica de corte de 0,5%. Sendo que um dos encontros do Copom, no futuro, poderíamos ter uma surpresa de um corte ainda maior, na faixa de 0,75%. É isso que o mercado acredita". 

O Copom apontou mais uma redução de meio ponto percentual na próxima reunião de maio, mas sem indicar futuras decisões a partir de junho.

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