A estimativa de inflação para este ano caiu de 3,55% para 3,50%. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria de Política Macroeconômica do Ministério da Fazenda.
A projeção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está dentro da meta de inflação para 2024, que vai de 1,5 a 4,5%.
Segundo a secretaria, um dos motivos para reduzir a expectativa de inflação foi o fenômeno climático El Niño, que causou um impacto menor sobre as tarifas de energia e sobre a inflação de alimentos.
E apesar dos preços dos cereais, das frutas e hortaliças terem subido nos últimos 3 meses, por causa do clima e da redução da oferta internacional do arroz, a tendência agora é de queda. Como explicou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.
Outro setor que contribuiu para a redução da expectativa de inflação para este ano foi o de serviços, que teve desaceleração na alta dos preços.
A secretaria também divulgou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB). Ele mede a evolução da economia, por meio da soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Para 2024, a projeção de crescimento do PIB permaneceu em 2,2%, como no último boletim divulgado em novembro do ano passado.
É que setores da economia como indústria e comércio tiveram aumento nas expectativas de crescimento. Mas, não foi o caso da agropecuária, como destaca a subsecretária Raquel Nadal.
Para os anos seguintes, até 2028, espera-se um crescimento do PIB em torno de 2,5%.
Sobre a Selic, a taxa básica de juros da economia, a Secretaria de Política Macroeconômica destacou a trajetória de queda adotada pelo Banco Central, com média de 9% ao ano para 2024.
E a expectativa de déficit do governo teve uma leve redução, ficando em quase 83 bilhões de reais negativos para este ano. Para 2027, espera-se um déficit menor: cerca de 34 bilhões de reais.
E a relação dívida/PIB deve ficar em 77% este ano e aumentar até 84% em 2027. Essa relação mede o quanto o país deve em relação à riqueza que ele produz.