Desemprego fica em 7,9% no primeiro trimestre, a menor taxa desde 2014

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,9% nos primeiros três meses de 2024. São mais 542 mil pessoas buscando por uma vaga no mercado de trabalho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados nesta terça-feira (30) pelo IBGE.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do Intituto, observa que esse movimento de expansão do indicador reforça um padrão sazonal.

“No início de cada ano há uma tendência, de fato, à expansão do número de pessoas procurando trabalho. Uma perda de postos de trabalho normalmente de caráter temporário, de trabalhadores que estavam na ocupação no final de 2023 e, virando o ano, essas pessoas, parte dessa ocupação é dispensada, fazendo, portanto, aumentar a pressão do número de pessoas que procuram trabalho”.   

Apesar dessa alta, a taxa ainda está abaixo daquela registrada em igual período do ano passado, quando ficou em 8,8%.  

A taxa também é a menor verificada para um trimestre encerrado em março desde 2014.

Os números do IBGE indicam que, na média do trimestre avaliado, o rendimento médio do trabalhador alcançou R$ 3.123. O valor representa alta de 1,5% entre trimestres seguidos e 4% ante o período de janeiro a março de 2023.

Em relação à carteira assinada, o levantamento aponta que, mesmo com redução na ocupação no primeiro trimestre em comparação com o fim de 2023, não houve mudança significativa no nível de emprego formal, com cerca de 38 milhões de pessoas. Esse quantitativo representa alta de 3,5% em relação a igual período do ano passado.