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Economia

Senado pede mais prazo para votar reoneração de 17 setores

Governo concordou com pedido que adia votação para final de agosto
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Gésio Passos
16/07/2024 - 19:27
Brasília
Brasília (DF) 09/07/2024  Presidente do Congresso Nacional, Senador Rodrigo Pacheco durante coletiva que falou sobre dividas dos Estados.  Foto Lula Marques/ Agência Brasil
© Lula Marques/ Agência Brasil

A votação do projeto de lei que trata da reoneração da folha de pagamento de empregados de 17 setores da economia e de pequenos municípios deve ficar para agosto, depois do recesso parlamentar.

O governo federal e a presidência do Senado fecharam um acordo para solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um maior prazo para votar a proposta, como explica o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.

"Nós ajustamos com o governo federal, através da Advocacia Geral da União, que pudéssemos encaminhar uma petição conjunta ao STF, ao eminente ministro Cristiano Zanin, para que tivéssemos uma prorrogação desse prazo até o dia 30 de agosto".

Em abril, a pedido do governo, o ministro do STF Cristiano Zanin suspendeu a lei aprovada no Congresso que ampliava a desoneração da folha até 2027 e deu 60 dias para que a fonte de recursos para essa suspensão de impostos seja apresentada.

Um acordo entre Senado e governo, alinhado nas últimas semanas, levou a uma nova proposta de reoneração gradual da tributação sobre a folha de pagamento de 2025 a 2027, crescendo 5% a cada ano.

O líder do governo na casa, senador Jacques Wagner, concordou com a medida para se buscar um consenso.

"Eu acho que o pedido ao Supremo - que eu espero, tenho convicção que será atendido - já dá o prazo de 30 agosto e acho que é suficiente para chegar a um denominador comum".

Mais o impasse que ainda continua é sobre como compensar essa desoneração parcial com novas fontes de arrecadação. O governo propõe aumentar em 1% a alíquota da contribuição que incide sobre o lucro das empresas.

Já o presidente do Senado apresentou oito propostas para ampliar a arrecadação federal, que vão desde novas programas de repatriação de ativos no exterior, regularização de ativos não declarados no Brasil, e incentivos para pagamentos de multas a agências reguladoras.

Rodrigo Pacheco insistiu que deve-se buscar uma forma de compensar sem aumento de impostos. 

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