Maioria dos MEIs em 2022 optou pelo empreendedorismo após demissão
Pesquisa do IBGE divulgado nesta quarta-feira, 21, mostra que 60% das pessoas que se tornaram microempreendedores individuais (MEI) em 2022 seguiram esse caminho após serem demitidas de seus empregos formais.
Naquele ano, o número aumentou 11,4% em relação a 2021, ou seja, mais 2,6 milhões de pessoas passaram a trabalhar como pequenos empresários de forma individual ou com poucos funcionários.
O estudo foi feito com base em dados de até 2022, quando o Brasil tinha 14,6 milhões de MEIs. São Paulo é a unidade da federação com mais microempreendedores, representando 27% do total do país.
Na avaliação do analista do IBGE, Thiego Gonçalves Ferreira, a pesquisa aponta que o microempreendedorismo individual muitas vezes é uma questão de necessidade, devido ao desligamento do emprego anterior, o que, segundo ele, explica também o fato de a maioria trabalhar sozinha. Thiego Gonçalves destaca ainda outros indicadores que mostram o perfil dessa modalidade
O Microempreendedor Individual é a forma que o trabalhador pode se formalizar por conta própria, pagando imposto de forma simplificada e tendo acesso a direitos previdenciários, como aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte para a família.
Para ter acesso ao MEI, o trabalhador deve preencher uma série de requisitos, como exercer atividades que estejam na lista de ocupações permitidas; contratar, no máximo, um empregado que receba o piso da categoria ou um salário mínimo; não ser sócio de outra empresa; e ter faturamento anual de até R$ 81 mil.