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Economia

Endividamento das famílias recua pelo segundo mês consecutivo

Pesquisa aponta que resultado reflete cautela com o uso do crédito
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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional
05/09/2024 - 17:47
Rio de Janeiro
Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real,Cédulas do real
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O endividamento das famílias brasileiras segue em queda, pelo segundo mês consecutivo. É o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira (5) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens.

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer diminuiu de 78,5% em julho para 78% em agosto. Ainda assim, está acima dos 77,4% registrados em agosto do ano passado.

O resultado de agora reflete, segundo o levantamento, uma cautela crescente das famílias em relação ao uso do crédito. E, apesar da redução do endividamento geral, o número de famílias que se consideram “muito endividadas” aumentou para 16,8%, na comparação julho/agosto.

Já o percentual de famílias com dívidas em atraso se manteve estável em 28,8% pelo terceiro mês seguido, permanecendo ligeiramente abaixo do registrado em agosto de 2023. 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens também apurou que o percentual de dívidas em atraso há mais de 90 dias subiu para 48,6%, o maior desde março de 2020.

E, o total de famílias com mais da metade da renda comprometida com dívidas atingiu 19,9%, o maior desde junho deste ano. 

As projeções da CNC indicam que o endividamento deve voltar a subir no último trimestre do ano, acompanhando um aumento gradativo da inadimplência, que poderá atingir 29,5% até dezembro.

Nas modalidades de crédito, o cartão continua liderando com 85,7% de participação entre os devedores, apesar de uma retração de 0,4 p.p. em agosto, frente a julho.

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