O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (11) R$ 186,6 bilhões em ações para o avanço da indústria de tecnologia do país.
São investimentos públicos de R$ 58,7 bilhões em setores como internet das coisas, inteligência artificial e Big Data, somados a R$ 42,2 bilhões já liberados.
E outros R$ 85,7 bilhões serão investidos pela iniciativa privada em infraestrutura, aquisição de máquinas, novas plantas e diversificação do parque tecnológico.
Os primeiros investimentos vão para produção de semicondutores, fabricação de chips, fibras óticas, robôs e computação em nuvem.
O presidente do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aluizio Mercadante, falou sobre os investimentos em centros de processamento de dados, os chamados data centers.
“Estamos lançando hoje uma linha de crédito para data center: R$ 2 bilhões. É um setor que vai permitir a gente ter mais soberania de dados e vai estimular serviços pra sustentar essas atividades na área de software, que gera emprego e que vai ajudar a atrair empregos mais estruturantes nesse segmento da transformação digital, que é decisivo para o futuro da economia brasileira”.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, destacou o programa Brasil Mais Produtivo, com recursos de R$ 560 milhões do BNDES e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Nós vamos ajudar a pequena indústria a se digitalizar, reduzir custos e melhorar sua eficiência”, afirmou.
Durante o evento, o presidente Lula também sancionou a lei que libera, por ano, até 2026, R$ 7 bilhões para a produção de semicondutores; R$ 21 bilhões no total.
Esses componentes são essenciais para painéis solares, smartphones e computadores pessoais.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, Humberto Barbato, falou da importância da medida.
“Nós vamos passar de ter os semicondutores como item mais pesado da nossa balança comercial, pra passar a ser exportadores de semicondutores. O que a gente quer é poder fazer com o que o empresário tenha essa segurança pra poder continuar”.
Segundo o governo, as ações fazem parte da 4ª fase do programa Nova Indústria Brasil.
O objetivo é transformar digitalmente 25% das indústrias brasileiras até 2026 e 50% até 2033. No ano passado, 18,9% delas eram digitalizadas.