Para cumprir a meta de zerar o déficit primário no próximo ano, o projeto de lei do orçamento de 2025 buscará R$ 166,2 bilhões em receitas extras.
Os recursos virão, por exemplo, de programas especiais de renegociação de dívidas de empresas e da retomada do voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. O projeto foi enviado ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30).
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em entrevista coletiva dada nesta segunda-feira para detalhar o projeto, o orçamento de 2025 segue a linha do último ano.
“A gente começou o ano passado com uma estratégia consistente, a gente vem repetindo essa estratégia, a importância do equilíbrio fiscal para as pessoas, para a cidadania brasileira. A gente começou fazendo isso ano passado, corrigindo distorções, cobrando de quem não paga, e o orçamento de 2025, que a gente apresenta hoje, não pode fugir dessa linha”.
Em relação às despesas, o governo pretende reduzi-las em torno de R$ 26 bilhões.
O secretário ressalta ainda que outro fator que contribuirá são as medidas aprovadas no ano passado, que estão surtindo efeito.
“A gente tem visto o crescimento da receita real acima de 9% de todas as receitas federais. Quando o país cresce 2.9, esse ano 2.5, um pouco mais, nós estamos vendo a receita crescendo acima de 9%, se olhar o nominal quase 15%. O que é de fato o resultado o de um esforço que foi feito ano passado pelo conjunto das instituições brasileiras, tanto do governo federal quanto pelo Congresso e também pelo Judiciário”.
A proposta do orçamento prevê ainda um reforço de mais de R$ 25 bilhões no próximo ano com desoneração da folha de pagamento.
* Com informações da Agência Brasil