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Economia

Dívida Pública cai 1,25% em setembro e fica em R$ 6,9 tri

Valor é maior que o acumulado no ano passado, mas abaixo do teto
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Oussama El Ghaouri
08/11/2024 - 20:02
Brasília
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luís Felipe Vital, divulga o Relatório Mensal da Dívida Pública de janeiro
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Dívida Pública Federal diminuiu em setembro em relação a agosto deste ano e ficou em R$ 6,9 trilhões de reais, incluídos os débitos do governo no Brasil e no exterior. A redução foi de 1,25%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Tesouro Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. De acordo com a pasta, isso ocorreu porque o governo mais pagou dívidas do que contraiu.  

Ainda assim, o valor da dívida é maior do que o acumulado no ano passado, mas está abaixo do teto de R$ 7,4 trilhões planejado para 2024. E na comparação com o mesmo período de 2023, a Dívida Pública Federal em setembro deste ano é 13,8% maior.

Já a reserva de liquidez, que é aquele dinheiro que o Governo tem em caixa para pagar dívidas, não foi divulgada. Isso por causa da greve no Tesouro Nacional. Mas, em agosto, esse colchão de segurança estava em R$ 917 bilhões, o suficiente para cobrir sete meses de vencimentos da dívida pública. 

Títulos Verdes

O Tesouro Nacional apresentou também o primeiro relatório sobre o uso do dinheiro levantado pelo governo por meio da emissão de Títulos Verdes da Dívida Pública. Esses documentos são negociados no mercado internacional com a promessa do governo brasileiro de investir os recursos em ações sustentáveis no país. Em troca, o Brasil resgata esses papéis no futuro pagando juros pré-combinados.

Segundo o governo, a primeira emissão, em novembro do ano passado, e a segunda, em julho deste ano, levantaram cerca de R$ 10 bilhões cada uma. E, até o momento, as despesas sociais levaram 40% dos recursos de cada emissão, como explicou o coordenador estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves:

"A maior parcela está na categoria de combate à pobreza. Isso vale para as duas emissões ,tanto a primeira quanto a segunda. O combate à pobreza que inclui Bolsa Família, e BPC, po exemplo".

Já as despesas ambientais, como Energia Renovável e Transporte Limpo, ficaram com 20% da primeira emissão, mas não receberam nada da segunda.

De acordo com o Tesouro Nacional, os próximos relatórios dos Títulos Verdes serão acompanhados dos indicadores de impactos dessas ações.

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