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Economia

Banco Central reconhece que inflação vai ficar acima da meta em 2024

Estimativa é de que o IPCA deve ficar próximo a 4,9%. O teto é 4,5%.
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Gabriel Brum
19/12/2024 - 13:34
Brasília
Brasília (DF) 19/12/2024 – O presidente interino do Banco Central, Gabriel Galípolo durante apresentação do relatório de Inflação do 4º trimestre, ao seu lado Roberto Campos Neto (priemiro plano)
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
© Jose Cruz/Agência Brasil

A inflação vai ficar acima da meta em 2024, admitiu nesta quinta-feira (19) o Banco Central.

No documento chamado Relatório de Inflação do quarto trimestre, o Banco Central afirma que a probabilidade de o índice de preços ficar acima do intervalo de tolerância é de “100% no caso de 2024”.

A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3% com tolerância de 1,5 para cima ou para baixo. No caso, o teto é de 4,5%.

De acordo com o IBGE, até novembro, a inflação acumula 4,29% de alta e o Banco Central projeta inflação de 0,58% agora em dezembro. Então, um resultado próximo de 4,90%.

2024 seria o oitavo ano, desde 1999, em que esse limite é estourado. Se for o caso, o presidente do Banco Central vai ter que escrever uma carta aberta ao Ministério da Fazenda para explicar o que causou o resultado.

De acordo com o relatório, diferentes fatores influenciaram a inflação durante o ano, principalmente o dólar fortalecido frente ao real. Além disso, a atividade econômica aquecida, fatores climáticos que impactaram alimentos e o ciclo do boi, que aumentou os preços das carnes.

O Banco Central revisou pra cima o crescimento da economia neste ano. Agora se projeta um aumento de 3,5%. Para o ano que vem, segue uma previsão de crescimento, mas um pouco menor, de 2,1%. Isso apesar da expectativa de juros bem altos em boa parte de 2025.

Sobre as contas do governo, o documento diz que a meta de resultado primário deve ser cumprida, considerando o limite inferior. Destaca que 2024 teve déficit primário menor que o observado em 2023 e que o esperado pelos analistas ao longo do ano.

No entanto, a atenção com o quadro fiscal deve ser mantida, por incertezas de cumprimento nos próximos anos.

 

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