Brasil tem pouco a comemorar no Dia Nacional do Livro; 44% da população não tem o hábito de leitura
Eu vos direi “Amei para entendê-las, pois só quem ama pode ter ouvido, capaz de ouvir e entender as estrelas”. Os versos são do poema Ouvir estrelas, de Olavo Bilac, um dos principais escritores brasileiros, que morreu em 28 de dezembro de 1918.
As palavras do poeta se encaixam perfeitamente neste Dia Nacional do Livro, pois aqueles que leem têm mais capacidade de reflexão, assim como os que amam são capazes de se colocar no lugar do outro.
Mas, no Brasil, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro, segundo a pesquisa Retratos da Leitura de 2016, do Instituto Pró-livro. As famílias e escolas têm papel fundamental na formação dos leitores.
Bibliotecária de uma escola particular de São Paulo, Silvana Estaco, é responsável pela Semana de Arte e Feira do Livro, que tem justamente o objetivo de estimular a leitura.
Derick Fernando, de 18 anos, aluno da escola, adora ler desde pequeno. Mas o jovem acredita que a feira é algo que ajuda a aguçar sua curiosidade por outros gêneros literários.
Laura Sofia, de 13 anos, também é leitora assídua desde pequena, porque acha que o hábito estimula muito a imaginação.
Apesar de algumas boas iniciativas, o Banco Mundial estima, com base no PISA- Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que os estudantes brasileiros podem demorar mais de dois séculos e meio para ter a mesma proficiência em leitura que os alunos dos países ricos.