Menos de 3% dos cursos superiores atingem nota máxima em índice de avaliação do MEC
Menos de 3% dos cursos superiores do Brasil obtiveram nota máxima, numa escala que vai de 1 a 5. E nem 2% das universidades alcançaram nota 5.
É o que diz o levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que divulgou, nesta terça-feira (18), o Conceito Preliminar de Cursos (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). Todos referentes a 2017.
O IGC mostra, por exemplo, que, das mais de 2 mil instituições de ensino superior no Brasil, somente 34 obtiveram média 5, o equivalente a 1,6%. A maior parte, entre as universidades públicas federais. A presidente do Inep, Maria Inês Fini, defende que as outras unidades tenham qualidade semelhante.
Por outro lado, quase 280 universidades foram avaliadas com notas 1 e 2, o equivalente a 13,5% do total de instituições avaliadas. A presidente do Inep ressalta que as notas 1 e 2 não são, necessariamente, conceitos ruins.
E é justamente nessas instituições de ensino que o Ministério da Educação vai focar em visitas pessoais. Serão cerca de 200, incluindo as que oferecem formação a distância, segundo o secretário-executivo do MEC, Henrique Sartori.
Mais de 10 mil cursos de nível superior foram avaliados pelo CPC. Segundo esse conceito, 9,5% deles obtiveram nota 1 ou 2. E mais da metade dos avaliados obtiveram a média 3.
O cálculo do CPC leva em conta os cursos com ao menos dois estudantes concluintes, que tenham participado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). E, para o IGC, é preciso que a instituição tenha ao menos um curso com estudantes concluintes inscritos, também no Enade, no triênio de referência.