Entre os quase 9 mil cursos de ensino superior no Brasil, avaliados pelo Enade, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, apenas 492, o equivalente a quase 6%, tiveram nota máxima no conceito. A maior parte, 199, é de instituições públicas federais.
Por outro lado, 29% dos cursos avaliados apresentaram desempenho considerado “abaixo da média”, com conceitos um e dois, numa escala que vai de um a cinco. Neste caso, mais da metade é oferecida por instituições particulares.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante a apresentação dos dados, atribuiu as notas baixas à falta de comprometimento dos estudantes. Segundo ele, o governo deve encaminhar ao Congresso um projeto de lei para impedir aqueles com baixo rendimento de se formarem.
O resultado do exame de 2018 foi divulgado nesta sexta-feira (4), no Ministério da Educação, pelo Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Mais de 450 mil estudantes fizeram o exame.
O Ministério da Educação também estuda, já para o próximo edital do Enade, incentivar aqueles que alcançam rendimento superior a 60% da prova. Uma das possibilidades é a divulgação pública dos nomes, afirmou o presidente do Inep, Alexandre Lopes.
Segundo o ministro, essa divulgação positiva pode incentivar a dedicação nas provas e facilitar na busca por um emprego. Ao todo foram mais de 1,7 mil universidades: entre elas, 227 são públicas.
No entanto, somente 3% das instituições privadas alcançaram a nota máxima no exame.
Em relação aos que estudam em faculdade particular, o Inep destacou que 46% pagam as mensalidades com auxílio de financiamentos públicos, como ProUni e Fies.
Vinte e sete áreas foram analisadas no Enade 2018, a exemplo de tecnologias e cursos de bacharelado em psicologia, comunicação social, serviço social e turismo. Direito e administração foram os cursos de quase metade dos avaliados.





