Volta às aulas no DF continua sem definição; governador diz que ano letivo está comprometido
O Distrito Federal enfrenta um dilema: definir o retorno presencial do ano letivo. Com aulas suspensas desde o dia 11 de março em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus, o governo local tem feito estudos para retomar a rotina acadêmica.
Mas, apesar do último decreto vigente fazer projeções para um retorno em junho, o governador do Distrito Federal não descarta prorrogar a volta às aulas. Ibaneis Rocha disse, inclusive, que o ano letivo está comprometido.
Mas a previsão de reabertura das escolas em agosto não agradou as instituições particulares. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, Álvaro Dias, defende a reabertura das escolas gradualmente.
O adiamento da retomada de aulas presenciais tem deixado os calendários escolares cada vez mais apertados. Com isso, surge um novo problema: famílias sobrecarregadas com atividades escolares em casa e um prazo cada vez menor para encaixar férias escolares. Daniela Karkow, mãe de um filho em idade escolar relata estar muito preocupada com a carga de estudos que a criança de sete anos tem recebido virtualmente.
O retorno letivo não é mérito debatido apenas por escolas. Universidades já cogitam reabrir as portas e lançaram inclusive calendários com previsão de provas presenciais. A universitária Ingrid Nogueira, que está cursando o último semestre de psicologia em uma das instituições particulares mais tradicionais de Brasília, vê esse retorno com preocupação.
Apesar de todo esse cenário, o governador Distrito Federal recomendou que as instituições privadas façam um levantamento entre os pais e responsáveis para debater o retorno às atividades. Para as unidades públicas, a data ainda está em análise. Por nota, a Secretaria de Educação informou que um plano de volta às aulas pós Covid-19 foi entregue ao governador no dia 30 de abril. No entanto caberá a ele a decisão quanto a retomada das aulas e deverá levar em conta o quadro de evolução da pandemia.
* Com produção de Michele Moreira