Prefeitura de São Paulo testará alunos e professores para Covid-19
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse hoje que vai realizar um Censo da Educação antes de decidir sobre a volta às aulas na capital paulista.
As aulas da rede municipal estão suspensas desde março deste ano, por causa da pandemia do novo coronavírus.
Até agora, a prefeitura só liberou aulas presenciais a partir de 7 de outubro, para alunos do ensino superior ou para atividades extracurriculares do ensino infantil, fundamental e médio.
Segundo o prefeito, o censo não é como os inquéritos sorológicos, que são feitos por amostragem. Dessa vez, serão testados todos os professores e todos os alunos da rede municipal de Educação.
O censo será feito por meio de testes sorológicos, que identificam a presença de anticorpos, ou seja, identificam casos passados de infecção pelo vírus.
Ao todo, segundo ele, serão testadas 777 mil pessoas. Desse total, 675 mil são estudantes acima de quatro anos de idade e 102 mil são profissionais da área, entre professores e demais funcionários das escolas.
A expectativa é que todos esses testes sejam realizados em um prazo entre 30 e 40 dias. O prefeito Bruno Covas disse que ainda estuda como vai fazer testes nas crianças menores de três anos.
A primeira fase desse censo começa na próxima quinta-feira, dia primeiro de outubro, com cerca de 180 mil pessoas: entre profissionais com até 60 anos de idade, alunos do nono ano do ensino fundamental, do terceiro ano do fundamental e também do ensino médio. Os resultados dessa primeira fase devem sair em outubro.
Ainda em São Paulo: após aprovação da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o governo estadual vai ampliar de 9 mil para 13 mil o número de voluntários que serão testados com a vacina chinesa contra a covid-19, a CoronaVac.
Mais quatro centros de pesquisa, das cidades de Barretos, em São Paulo; Pelotas, no Rio Grande do Sul; Cuiabá, em Mato Grosso; e Campo Grande, Mato Grosso do Sul, vão passar a realizar os testes de fase 3 da vacina.
A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A expectativa é que a fase 3 de testes em humanos possa começar a apresentar resultados já na segunda quinzena de outubro.
Se essa fase de testes comprovar a eficácia da vacina, o governo de São Paulo espera ser possível iniciar a vacinação de moradores do estado em dezembro deste ano, dependendo de autorização da Anvisa.
Estudos das fases 1 e 2 da vacina, feitos na China, revelaram esta semana que ela é segura. Os testes da fase 3 vão comprovar se ela é eficaz, ou seja, se ela realmente protege contra o novo coronavírus.