Escolas de São Paulo vão aos poucos retomando atividades presenciais
Depois de mais de seis meses fechadas, algumas escolas no estado de São Paulo estão retomando as aulas presenciais a partir desta quarta-feira (7). Mas somente para as de ensino médio e do EJA, que é a educação de jovens e adultos.
No caso das escolas municipais, o cronograma vai de acordo com cada localidade, como já definido pelo governo do estado, apesar da autorização para as atividades extracurriculares, como reforço, acolhimento ou atividades esportivas, já estar valendo desde o dia 8 de setembro.
Já na capital, o cronograma é diferente. Também a partir desta quarta-feira, somente as atividades extracurriculares presenciais podem ser retomadas nas escolas particulares e municipais do ensino médio e infantil. As aulas presenciais poderão ser retomadas efetivamente somente para as instituições de ensino superior.
Nesse primeiro dia de volta às aulas, a Secretaria Municipal de Ensino informou que apenas uma das cerca de 4 mil escolas da rede iniciou atividades extracurriculares nesta quarta.
Na rede estadual, 304 unidades na capital retomaram atividades escolares. No ensino particular, o sindicato estima que cerca de 3.200 escolas do total de 4.000 tenham reaberto.
A volta às aulas presenciais na rede municipal, no entanto, só deve ocorrer depois de novembro. No dia 10, sai o resultado do exame sorológico que será feito com toda a comunidade escolar. São cerca de 770 mil pessoas entre estudantes e professores. A partir daí, uma decisão será tomada.
Enquanto isso, o debate sobre a volta ou não das aulas presenciais se prolonga. Os sindicatos de professores, tanto de particulares quando da rede pública, defendem a aula presencial apenas no ano que vem.
A prefeitura e os sindicatos dos donos de escolas argumentam que o retorno tem obedecido todas as normas de segurança, como distanciamento e uso de máscaras, além de regras como apenas 35% de presença diária nos primeiros anos do ensino fundamental e 20% para os anos seguintes, no caso das escolas particulares. No caso da rede estadual, o limite de ocupação das salas será de 20%.