UFRJ pode parar em julho por falta de dinheiro

Orçamento deste ano é menor que o de 2020

Publicado em 12/05/2021 - 17:47 Por Tâmara Freire - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

A Universidade Federal do Rio de Janeiro pode ter que paralisar atividades a partir do mês de julho por causa dos cortes orçamentários. De acordo com a reitoria, os repasses aprovados para este ano podem chegar, no máximo, a R$ 258 milhões, o que equivale à verba que a universidade tinha em 2008, quando a quantidade de alunos era 40% menor do que os 57 mil matriculados hoje.

E nem isso está garantido, já que apenas R$ 146,9 milhões foram liberados, e mais de R$ 65 milhões já foram utilizados. O restante depende de suplementação do Congresso Nacional.

A reitora Denise Pires de Carvalho diz que, no ano passado, o orçamento da UFRJ foi de R$ 386 milhões, e diante do papel essencial exercido pelas universidades durante a pandemia de covid-19, a expectativa era de aumento de pelo menos 20% das verbas, não de cortes. Ela ressalta ainda que, além da quantia liberada para 2021 não cobrir o custeio, também não permite investimentos em novas estruturas de ensino e pesquisa

Além de ser a maior universidade federal do Brasil, a UFRJ é também a mais antiga – completou 100 anos no ano passado. Atualmente ela tem mais de 170 cursos de graduação, 220 programas de pós-graduação e 1.450 laboratórios distribuídos por quatro campi. A universidade também administra 13 museus, 45 bibliotecas, um parque tecnológico e nove unidades de saúde.

Neste momento, os possíveis impactos nessas unidades são especialmente preocupantes, segundo a reitora.

O Ministério da Educação respondeu que os cortes para toda a rede federal de ensino superior foram feitos de forma linear, na ordem de 16,5%, porque houve redução de recursos destinados para a pasta. Isso também se deve aos ajustes feitos pelo Congresso Nacional para atender ao Teto dos Gastos. A nota diz que o MEC não tem medido esforços para tentar recompor ou mitigar essas reduções.

O orçamento das universidades e institutos federais também sofreu um bloqueio de 13,8%, conforme decreto presidencial. Mas o Ministério afirma que está atuando junto à área econômica do governo para que o orçamento seja disponibilizado em sua totalidade.

Edição: Vitória Elizabeth/ Sumaia Villela

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