Ao longo do ano passado, as matrículas na rede pública de educação básica chegaram a 38,532 milhões de alunos. O número recupera a trajetória de crescimento, interrompida em 2020 pela pandemia de covid-19. Esse dado faz parte da primeira etapa do Censo Escolar 2021 e foi divulgado nessa segunda-feira (31) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Por outro lado, as escolas particulares tiveram uma redução de 10%. Isso surpreendeu o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno.
Essa queda de 1,3% foi no total de matrículas do primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio, que somaram 46,7 milhões de estudantes ao longo do ano passado. São 627 mil alunos a menos que em 2020. O diretor do Inep Carlos Moreno afirma que as crianças pequenas foram as mais afetadas.
A coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, destaca a necessidade de investimentos para levar as crianças de volta à escola. Para ela, as políticas públicas precisam ser regionalizadas e os governos federal, estaduais e municipais não devem medir esforços para financiar a retomada do ensino - inclusive com investimentos em merenda e transporte escolar.
Andressa Pellanda destaca ainda que o primeiro passo deve ser procurar onde estão as crianças que deixaram de ir às aulas.
A partir desta terça-feira (1º), o Inep começa a coleta de dados da segunda etapa do Censo Escolar 2021. Nessa fase, a ideia é identificar o que ocorreu com esses alunos que não voltaram à escola.
As informações do Censo indicam de que forma o Ministério da Educação deve repassar recursos e servem como base para as avaliações do Inep.
