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Guerras da Independência: Piauí e Maranhão batalharam pela liberdade

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Lucas Pordeus Leon - Repórter da Rádio Nacional
01/09/2022 - 10:13
Brasília

Enquanto os baianos tentavam expulsar o Exército português de Salvador, Portugal organizou tropas no Piauí para garantir que o Reino do Grão Pará continuasse submisso à Lisboa.

Naquela época, o Brasil era dividido em dois reinos, o Reino do Brasil, que ia do Ceará à atual região Sul, e o Reino do Grão Pará, que englobava Piauí, Maranhão e os atuais estados do Norte.

As cortes de Lisboa então organizaram uma tropa no Piauí para garantir que a província ficasse fiel a Dom João VI. Porém, grupos piauienses influentes aderiram à independência logo que souberam da notícia do grito do Ipiranga.

A fim de esmagar o movimento rebelde, as tropas portuguesas, lideradas pelo Major Fidié, marcharam atrás dos revoltosos. Os exércitos se encontraram às margens do rio Jenipapo, em março de 1823.

O historiador Johny de Araújo, da Universidade Federal do Piauí, conta que o exército libertador foi formado às pressas, juntando pessoas comuns da região.

Estima-se que cerca de 2 mil pessoas combateram de cada um dos lados na batalha de Jenipapo. Apesar de derrotados, o grupo pró-independência conseguiu capturar a bagagem do exército português, retirando alimentos e armas do inimigo.

Sem condições de seguir a luta no Piauí, os portugueses foram para a vila de Caxias, no Maranhão. O exército libertador cercou a cidade até a rendição do major Fidié em 1º de agosto de 1823, o historiador Johny de Araújo explica que outro exercito libertador foi formado no Maranhão que cercou e combateu na vila de Caxias.

Contribuiu ainda para a derrota final dos portugueses no Maranhão a esquadra enviada por Dom Pedro, que ameaçou bombardear São Luís. Sem perspectivas para enfrentar a esquadra brasileira, a Junta que governava o Maranhão acabou aderindo à independência.

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*Com produção de Beatriz Evaristo e sonoplastia de José Maria Pardal.

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