Trabalho doméstico, cuidar de familiares, problemas de saúde e gravidez são os principais motivos pelos quais os jovens não trabalham, não estudam, nem procuram emprego no Brasil.
Cerca de 15% dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos não frequentaram a escola, não trabalharam e não procuraram emprego em 2021, o que representa um universo de 7 milhões e 600 mil pessoas, segundo pesquisa do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.
No caso dos jovens mais pobres, o percentual nessa condição chega a 24%. Entre os mais ricos, a proporção é de 6% e a principal justificativa era o estudo em outros cursos, como pré-vestibulares ou para concursos.
O economista do Dieese, César Andaku, destaca que a condição da renda das famílias desses jovens é o que determina as possibilidades de estudo e trabalho.
Os jovens com mais dificuldades são aqueles com renda familiar per capita de, no máximo, meio salário-mínimo. Quase 5 milhões de jovens nessa condição não trabalham, não estudam e nem procuram emprego.
Outros 4 milhões e meio de jovens nessa faixa de renda não estudam, nem trabalham, mas estão, ao menos, em busca de uma fonte de renda.
Os dados da pesquisa do Dieese foram extraídos da Pesquisa por Amostra de Domicílios do IBGE de 2021.
