Estudantes e professores enfrentam o governo de Mato Grosso contra uma proposta de tornar militar um colégio de Várzea Grande. Duas audiências públicas já discutiram a transformação da Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros. Ambas terminaram sem apoio à militarização, mas o projeto continua de pé.
De acordo com a lei do estado, é obrigatório consenso na audiência sobre a transformação para a proposta ter continuidade.
A Secretaria de Educação de Mato Grosso diz que nas duas audiências houve interrupção e impedimento dos trabalhos. Mas a estudante Clara Rodrigues, que é contra o projeto, diz que a Secretaria abandonou a primeira audiência, em dezembro. Na segunda, no dia 23 deste mês, o resultado não foi respeitado. Para Clara, a mudança vai ser um desmonte na escola.
O comitê mato-grossense da Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulgou nota em apoio aos estudantes da Escola Adalgisa de Barros.
A Secretaria de Educação de Mato Grosso diz que não se trata de militarização e que só o diretor da unidade é militar. No entanto, entre as atividades obrigatórias previstas na lei estadual estão o estímulo de valores e princípios militares e formaturas e desfiles militares.
Segundo a pasta, uma nova, e terceira, audiência vai ser marcada para ouvir a comunidade sobre o projeto.
Com produção de Michelle Moreira.