A taxa de analfabetismo caiu no Brasil. Em 2019 ela era de 6,1%, e em 2022 recuou para 5,6%.
Apesar da queda, o Brasil ainda tem quase 10 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever. Mais da metade desses analfabetos vivem no Nordeste e são idosos.
Os dados são da PNAD Contínua, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua e foram divulgados nesta quarta-feira (7) pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os estados com as maiores taxas de analfabetismo são o Piauí, Alagoas e a Paraíba. Já as menores ocorrem no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.
O analfabetismo é maior entre as pessoas pretas ou pardas: a média nacional é de 7,4%, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas, de 3,4%. No grupo etário de idosos pretos ou pardos ela chegava a mais de 23% das pessoas
A pesquisa também traz outros dados sobre educação. Pela primeira vez, 53% da população de 25 anos ou mais havia concluído, pelo menos, o ensino médio.
A diferença racial também se mostra na população de 18 a 24 anos, os jovens. Quase 71% dos pretos e pardos nessa idade não estudavam nem tinham concluído o nível superior. Entre os brancos, este percentual foi de 57%.
A necessidade de trabalhar foi a principal justificativa dos jovens com 14 a 29 anos de idade para abandonarem a escola.
Entre as pessoas de 15 a 29 anos de idade do país, 20% não estavam ocupadas nem estudando em 2022.