Professoras e professores da rede pública de São Paulo tiveram uma surpresa nesta quarta-feira (10): apareceu um aplicativo nos telefones celulares dos educadores que tem aparelhos do sistema Android. Trata-se do aplicativo Minha Escola SP, que foi inserido sem autorização, como exige a Lei Geral de Proteção de Dados, e sem que os professores tenham baixado o programa. Ali, constam áreas com dados pessoais dos alunos, como nome, notas de todas as disciplinas e frequência escolar.
E é diferente de outra plataforma que foi anunciada em março, pelo secretário de Educação Renato Feder, chamada Diário de Classe. As duas plataformas foram desenvolvidas pela Prodesp, empresa de tecnologia da informação do governo estadual paulista.
Para buscar esclarecimento, vários educadores procuraram a Apoesp, que é o Sindicato de professores do ensino oficial de São Paulo, para esclarecer a situação. O sindicato procurou então a Seduc, Secretaria de Educação paulista, para saber o que aconteceu.
Em nota, a pasta informou que houve uma falha durante um teste promovido pela área técnica. E que, assim que o erro foi identificado, foi enviada solicitação para que o aplicativo fosse desinstalado. E que lamenta o ocorrido. A Seduc não informou o número de aparelhos atingidos. A rede pública de São Paulo tem mais de 3 milhões e meio de alunos e cerca de 210 mil professores.