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Toda criança tem o direito de brincar. O contato com o lúdico permite o desenvolvimento de habilidades fundamentais para os pequenos. E inclusive é garantido pelo ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e pela Constituição Brasileira, no que se refere à saúde, à cultura e ao lazer das crianças e jovens.
Evelyn Eisenstein, coordenadora dos Grupos de Trabalho de Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria, resume os benefícios do hábito de brincar.
“A criança desenvolve as suas habilidades, não só de coordenação, autonomia, mas o que nós chamamos desenvolvimento neuropsicomotor. Então ela vai se tornando independente à medida que ela aprende logicamente a correr, a pular, a saltar, a brincar”.
Leticia Zero, coordenadora da Secretaria Executiva Aliança pela Infância, reforça que o brincar é importante para a criança aprender sobre os desafios da vida, como ganhos e perdas.
“É fundamental para o desenvolvimento dela, o desenvolvimento físico, o desenvolvimento cognitivo, o desenvolvimento mental, o desenvolvimento socioemocional, de como lidar com frustações, com vitórias, com derrotas”.
Evelyn Eisenstein também ressalta os malefícios da falta de desenvolvimento da prática.
“Criança que não brinca é uma criança doente. Inclusive até quando uma criança está hospitalizada a gente faz o que nós chamamos recreação hospitalar”.
Mas o hábito de brincar esbarra muitas vezes em dificuldades. A falta de espaços públicos é uma delas. O motorista Anderson Vargas é morador de Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, e enfrenta diversos problemas no bairro para encontrar locais para levar os filhos para brincar.
“Não tem lugar aonde levar meus filhos para brincar aqui em Vila Isabel. Tem a Praça Sete, só que os brinquedos são precários, muitas vezes estragados. Tem uma outra praça, perto do meu imóvel, e quando tu tenta ir brincar o que mais tem é cachorro. A praça é pequena, não tem aonde”.
Anderson diz que a falta de espaços prejudica muito os filhos.
“Não gasta energia, não tem aonde fazer uma atividade, não tem aonde interagir com outras crianças. É ruim, só interage lá na escola, na creche. Aí dorme mal, ficam agitados”.
Fernanda Lessa, presidente da Fundação para a Infância e Adolescência, chama a atenção para outros processos que estão dificultando a criança a brincar.
“Atualmente a tecnologia tem tirado muito do brincar enquanto expressão física e de socialização. Além disso, a super ocupação profissional dos adultos também tem tirado o tempo do lúdico em família”.
A Constituição Brasileira também protege a criança do trabalho infantil, proibindo que seja realizado até os 14 anos. Dessa forma, fica assegurado o direito à plena vivência da infância.
* Com colaboração de Bruno Moura.
** Matéria atualizada às 14h57 de 12/10/2023, para inclusão de sonora.
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