Cento 65 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o país se reúnem, a partir de hoje, em Natal. Durante quatro dias vão participar de gincanas, aulas e palestras, como parte do calendário da Olimpíada Brasileira de Matemática.
Lethicia Possamai é de Santa Catarina. Sua primeira participação na OBMEP foi em 2018. Hoje, aos 17 anos, ela fala da expectativa para o encontro no Rio Grande do Norte.
"Eu tenho altas expectativas porque são aulas muito boas com professores muito capacitados. E ótimos colegas que realmente gostam de matemática que já têm história com a OBMEP e outras olimpíadas de conhecimento. Além disso o evento oferece uma carga teórica que é incrível. Eu penso que muito da minha medalha do ano passado se deu pela influência do evento porque me deu essa vontade de entender a matemática mais a fundo, de estudar mais".
Promovido pelo IMPA, Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o encontro da Olimpíada conta com a presença de professores universitários de diferentes regiões do Brasil para debater temas do universo da matemática que, em muitos casos, não figura entre as preferidas dos estudantes.
O evento, que está em sua nova edição, é dedicado aos alunos que se destacaram no Programa de Iniciação Científica Júnior, que oferece aulas avançadas de matemática para medalhistas da OBMEP, como explica Cláudio Landim, coordenador-geral da Olimpíada.
"Os alunos recebem aula de matemática mais voltada para resolução de problema com desafios similares ao da prova de OBMEP e são estimulados a desenvolverem seus talentos e a prosseguirem seus estudos em universidades. Ao final do programa são selecionados entre 150 e 200 alunos que se destacaram no programa de iniciação científica para participarem de um grande evento chamado O Hotel de Hilbert. Nesse encontro os alunos terão aulas, palestras com matemáticos convidados de todo o Brasil".
O encontro tem o nome “Hotel de Hilbert”, em homenagem ao matemático alemão David Hilbert, que em 1925 apresentou um paradoxo do infinito.
