Com o início da terceira semana de greve dos professores e técnicos federais de ensino, mais seis instituições aderiram, nesta segunda-feira (29), ao movimento. Com isso, o ANDES, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, já soma mais de 35 unidades com atividades paralisadas.
Os servidores da categoria rejeitaram mais uma proposta do governo, apresentada há mais de uma semana. Na última sexta, as assembleias foram encerradas com a decisão, da maioria, de manter o movimento grevista. É o que explica o presidente da ANDES, professor Gustavo Seferian.
“Diante disso, mais de 30 assembleias de base, em diversas instituições de ensino superior que são representadas pelo ANDES, avaliariam a proposta e apontaram a necessidade de rejeição da mesma. Algo que foi apresentado em conjunto, dada também a rejeição, por essas bases, pelos técnico administrativos e servidores dos institutos federais, representados pela Fasubra e pelo Sinasefe. Reclamamos o agendamento de uma reunião em caráter de urgência com o governo federal, ainda no curso dessa semana”.
De acordo com a entidade, o governo continua sem oferecer reajuste para 2024, mas propôs um de 9% no ano que vem e mais 3,5% em 2026. De acordo com o MGI, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a proposta é diferente da anterior: de 4,5% em maio de 2025 e em 2026, “que foram transformados em uma única parcela de 9% e foi acrescido mais 3,5% em 2026”. A pasta ainda explicou que, se somados ao aumento de nove por cento no ano passado mais algumas correções, totaliza um reajuste de 23% para técnicos administrativos e docentes durante o governo Lula.
Após manter a greve, o ANDES informou que espera uma nova rodada de negociação com o MGI. Os grevistas elaboram, esta semana, uma nova proposta a ser levada para a mesa de negociação. No entanto, o ministério informou que “até o momento, não há reunião prevista com as entidades de educação durante esta semana”.
