As aulas digitais na rede pública de ensino em São Paulo vão ter apoio de ferramentas da inteligência artificial, como o ChatGPT. É o que planeja a Secretaria da Educação paulista, que anunciou a novidade nesta semana.
Os conteúdos elaborados pela inteligência artificial vão ter que passar pelo aval dos professores, antes da utilização pelos estudantes. Foi o que disse nessa quarta (17) o governador Tarcísio de Freitas, que negou que o uso de inteligência artificial possa substituir o papel do professor em sala de aula.
“As ferramentas estão aí, a gente tem que usar a tecnologia pra facilitar a nossa missão. A gente não pode deixar de usar a tecnologia por preconceito. Nada vai substituir o papel do professor. Até porque, a responsabilidade dentro de sala de aula, é do professor”.
No ano passado, o governo paulista enfrentou problemas com os materiais digitais escolares. Na ocasião, foram encontrados graves erros factuais nos slides, usados pela rede estadual de Educação. Em um dos trechos, por exemplo, dizia que o transtorno do déficit de atenção e a hiperatividade são transmissíveis pela água.
Para o Sindicato dos Professores de São Paulo, as tecnologias e informação e comunicação são ferramentas auxiliares no processo educativo, e jamais podem substituir o trabalho do professor.
O uso do ChatGPT na produção de conteúdo das aulas digitais vai ser discutido em assembleia da categoria na semana que vem.