Um estudo apontou que a internet em escolas públicas brasileiras não é de qualidade.
Atualmente, 89% delas têm internet, mas 62% usam a rede para atividades de ensino e somente 29% têm equipamentos para uso dos alunos. Além disso, de 32 mil escolas, com mais de 50 estudantes matriculados no maior turno, apenas 3.600 têm conexão rápida, ou seja, cerca de 11%.
Os dados são do Panorama da qualidade da Internet nas Escolas Públicas Brasileiras divulgado neste mês pelo NIC.br, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR.
O supervisor de projetos de ciências de dados do NIC.br, Paulo Kuester Neto, também destaca a importância da internet de qualidade para o aprendizado em sala de aula.
"Então, por exemplo, se você assiste um vídeo, ele tem uma demanda diferente de você fazer uma navegação simples ou um acesso à rede social. E no caso do parâmetro de um mega, por estudante no maior turno, ele leva em conta que todos os estudantes, nesse maior turno, eles teriam direito de, no mínimo, fazer uma atividade de uso geral, ou seja, uma navegação, um acesso à rede social, uma navegação mais livre."
A pesquisa mostra ainda que apenas 29% dos professores da rede municipal, principalmente nas capitais, utilizam materiais didáticos online e ambientes virtuais em atividades com os alunos. Em comparação, esse índice chega a 63% na rede privada. A organização responsável pelo estudo defende que a conectividade é fundamental para que os alunos tenham acesso a informações e oportunidades.