Número de matrículas no ensino superior cresce 5,1% em 2022

Publicado em 08/05/2024 - 07:41 Por Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

O número de matrículas no ensino superior no Brasil registrou recuperação frente a anos anteriores, chegando a uma alta de 5,1% em 2022. Considerando apenas a rede privada, o aumento alcançou 6,6%. 

É o que aponta a 14ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, publicação anual do Instituto Semesp, centro de inteligência e levantamento de dados do ensino superior. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (8) e tem como base informações como as do IBGE, Enem e Caged.

A rede privada segue liderando, e representa 88% das instituições de ensino superior do país, com um total de 78% das matrículas. 

O economista Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, explica que esse resultado se deve ao grande número de descontos dados por essas instituições.

“Na faixa de 50% dos alunos têm desconto. É um desconto de varia de 30% a 50%. E ele vai incidir tanto no ensino presencial quanto no ensino à distância”.

Ainda de acordo com o estudo, o programa Pé-de-Meia, do governo federal, é um dos fatores que fortalecem este cenário. Rodrigo Capelato reforça a importância da iniciativa.

“Nós temos em torno de 35% a 40% dos alunos que ingressam a cada ciclo e não se formam. Então, quando a gente olha aqui o ciclo, por exemplo, de 2020, tivemos 2,95 milhões de jovens que ingressaram no ensino médio. Em 2022,  apenas 1,95 milhão se formou. Então, em cada ciclo, nós temos em média uma perda de 1 milhão de alunos que não se formam no ensino médio. E o Pé-de-Meia pode ser um importante alavancador para melhorar essa situação e trazer mais alunos para o ensino superior”.

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro possuem, juntos, quase 42% do total de alunos matriculados no ensino superior. E a área de Negócios, Administração e Direito segue liderando em número de alunos.

Mas os dados indicam necessidade de avanço em políticas públicas de cotas para pretos e pardos, que constituem 37% dos alunos no ensino superior, enquanto correspondem a 55% da população do país. 

O Mapa também destaca que quase 80% dos professores entrevistados já pensaram em desistir da carreira. Entre os motivos, estão ausência de plano de carreira, insegurança nas escolas e violência no desempenho da profissão.

Edição: Vitoria Elizabeth - Marizete Cardoso

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