Mais uma rodada de negociação ocorre nesta quarta-feira (15), quando completa um mês a greve dos servidores da educação federal, incluindo os professores. Pelo menos 54 instituições de ensino federal estão com os professores em greve, pelo país, de acordo com o balanço do Andes, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.
O diretor da entidade, professor Gustavo Sefferian, explica que, desde a última proposta do governo, em 19 de abril, o número de instituições em greve dobrou.
Até esta quarta, três propostas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos foram recusadas em assembleias da categoria. Agora, eles pedem um reajuste de 22,71%, distribuídos em três parcelas: 7,06% este ano, 9% no ano que vem, e 5,16% em 2026.
Segundo o Ministério da Gestão, as negociações com diversas categorias estão em andamento e, até o mês que vem, serão abertas 11 mesas de diálogo com servidores públicos federais, de setores como Ciência e Tecnologia, Economia e Finanças, Infraestrutura, Defesa e Tráfego Aéreo, Desenvolvimento Regional e Previdência.
O MGI informou, ainda, que pretende fechar a melhor proposta, dentro dos limites de verbas que a União dispõe. Também informou que, no fim de abril, o governo “concedeu reajuste de 52% no auxílio-alimentação e aumento em alguns benefícios".
O governo concedeu também aumento de 9% a todos os servidores, no ano passado, além de reajuste no auxílio alimentação.