A USP alcançou, neste ano, o índice de mais de 55% de universitários vindos de escolas públicas, juntamente com os PPI (pretos, pardos e indígenas). Das mais de 10.750 vagas preenchidas, quase seis mil são de estudantes que cumpriram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas, sendo 27% deles autodeclarados PPI. Esse número supera o de 2023, quando 54% dos alunos vieram do ensino público.
As formas de ingresso adotadas pela USP neste ano foram três: o tradicional vestibular da Fuvest; o Enem USP e o Provão Paulista, exame promovido pela Secretaria estadual de Educação, para garantir o acesso de estudantes de escolas públicas a vagas nas universidades paulistas.
A primeira edição do Provão Paulista na USP aconteceu neste ano, onde foram oferecidas 1.500 vagas, com quase 400 mil inscritos.
Segundo o reitor da universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, o Provão Paulista aproximou a USP do ensino público. Ele justifica que, com o exame, a USP passou a ser conhecida por esses estudantes, que viram na instituição uma chance real para prosseguir nos estudos.
Desde 2023, a forma de ingresso na USP ficou assim: inicialmente, todos os candidatos concorreram às vagas destinadas à Ampla Concorrência, independentemente da categoria em que se inscreveram. Depois de preenchidas essas vagas, foram ocupadas aquelas para a Escola Pública, seguindo os critérios para essas vagas, e só depois as destinadas para PPI.
A reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e para PPI foi adotada pela USP em 2016, para ampliar a inclusão social e a diversidade entre a comunidade acadêmica.