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Educação

Cotistas têm melhor taxa de conclusão no ensino superior, diz Inep

Levantamento mostrou melhor desempenho também para Prouni e Fies
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Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional
03/10/2024 - 18:22
Brasília
Brasília (DF), 28/10/2023 - 1º Encontro Nacional Afrocientista, que acontece na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e reúne estudantes, professores, parceiros e voluntários do projeto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estudantes cotistas que entraram na educação superior federal há dez anos tiveram uma taxa de conclusão 10% maior do que os não cotistas entre 2014 e 2023.

A informação está no Censo da Educação Superior divulgado nesta quinta-feira (03) pelo Inep, o instituto ligado ao MEC, responsável pelo levantamento.

O documento mostrou também que, no último ano, 51% dos cotistas da rede federal concluíram o curso, contra 41% dos não cotistas.

O Prouni e o Fies, os programas de bolsa e de financiamento estudantil do Governo Federal para o Ensino Superior, impactaram positivamente a conclusão dos cursos.

Segundo o estudo, beneficiários do Prouni tiveram uma taxa de conclusão de 58%, enquanto os não beneficiários tiveram 36% em 2023.

Já entre os alunos com Fies, a taxa foi 49%, contra 34% dos que não utilizam o auxílio.

Segundo o MEC, o Brasil mudou o perfil do estudante da educação superior nos últimos 10 anos por meio da Lei de Cotas, principalmente nas instituições federais.

E agora precisa enfrentar outro desafio, como explicou ministro da Educação Substituto, Leonardo Barchini.

 

Acesso ao ensino

Pela primeira vez, a pesquisa mostrou o acesso à Educação Superior logo após a conclusão da educação básica.

As redes privada, federal e de ensino médio profissional foram mais eficientes em levar o estudante do ensino médio direto para o ensino superior, logo após a formatura.

As escolas particulares registraram 59%, as federais 58% e as técnicas 44% de eficiência. Já as escolas estaduais de ensino médio ficaram com 21%.

De acordo com o Censo, a oferta de vagas na graduação no Ensino a Distância cresceu quase 168% (167,5%) entre 2018 e 2023, a presencial reduziu 13,5%.

O ministro Leonardo Barchini, avalia que a Educação Superior no país continua crescendo.

A mesma tendência de crescimento foi registrada em relação às matrículas. Na EaD, elas mais do que dobraram (138,9%); na presencial, caíram 20,8%.

O resultado foi que os números de matriculados em uma modalidade e na outra quase que se igualaram, somando um total de quase dez milhões (9.976.782) de estudantes na graduação em 2023.

 

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