No dia vinte de outubro de 1798, um alvará da rainha de Portugal, Dona Maria Primeira, estabelecia a Vila do Paracatu do Príncipe, no noroeste do Estado de Minas Gerais.
A localidade já era conhecida no século XVI. Era habitada por indígenas e teria sido descoberta por tropeiros que vinham da Vila de São Paulo.
Como outras cidades do Brasil, surgiu como ponto de parada de bandeirantes, que buscavam conquistar terras, índios e o ouro da região.
Nenhum viajante deixou registros de sua passagem pelo povoado até 1603. Naquele ano, o bandeirante Nicolau Barreto foi apontado como primeiro a chamar a localidade de Paracatu.
No século dezoito, o aldeamento foi batizado com o nome de Arraial de São Luiz e Santana das Minas do Paracatu.
As minas da região, porém, teriam sido as últimas jazidas descobertas no Estado, quando o ciclo do ouro estava chegando ao fim.
Situado a quarenta quilômetros do Estado de Goiás, o município era considerado estratégico, por ser um ponto de convergência dos diversos caminhos que ligavam o litoral ao interior do país.
Paracatu chegou a ser o maior município de Minas Gerais, abrangendo todo o noroeste do Estado e grande parte do Oeste.
No início do século dezenove, o príncipe regente Dom João Sexto anexou o Triângulo Mineiro à cidade, que também teve outros municípios sob sua jurisdição, como Araxá, João Pinheiro e Unaí, emancipados depois. Em 1840, Paracatu foi elevada à condição de cidade.
Paracatu é uma palavra de origem tupi que significa Rio Bom. Em 2010, a cidade foi tombada como patrimônio cultural.