Confira a primeira reportagem da série sobre o envelhecimento da população brasileira:
O Brasil está envelhecendo! A conclusão é de um estudo do IBGE que identificou mais de 26 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país. E, segundo o Instituto, até 2060, este número deve ser 4 vezes maior. Com uma população desse tamanho, é preciso olhar com mais cuidado para essa faixa etária. É o que afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria no Distrito Federal, Marco Polo.
Segundo ele, praticamente todos os idosos tem alguma doença crônica e a mais comum é a hipertensão, que atinge pelo menos 65% das pessoas com 60 anos ou mais. Também há incidência de diabetes, depressão e osteoporose, entre outras. Mas ele destaca que é possível reverter esse quadro e promover a qualidade de vida.
E foi pensando nisso que a aposentada Flaviana de Oliveira, de 82 anos, resolveu mudar sua rotina. Aos 70, ela começou a fazer capoterapia, que é uma terapia corporal a partir dos movimentos da capoeira. Hoje, ela também faz musculação. Dona Flaviana conta que as atividades ajudaram a aproximar a família.
E dona Flaviana é elogiada por Gilvan de Andrade, mestre de capoeira e presidente da Associação Brasileira de Capoterapia. Ele explica que 90% dos mais de 50 mil adeptos da prática no país são idosos. E diz que além de melhorar a saúde, a atividade ainda tem reflexos emocionais, prevenindo a depressão.
De acordo com especialistas, a atividade física ajuda o idoso a manter o corpo e a mente ativos. Mesmo para quem tem limitações, é importante encontrar, com orientação médica, uma prática onde o paciente se sinta bem.