A Operação Cartas Marcadas foi deflagrada nesta quarta-feira (29), pela Polícia Civil do Distrito Federal, relacionada a um esquema fraudulento que aconteceu em 2012.
As investigações apontam o envolvimento de três auditores da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), de um ex-síndico e uma ex-diretora administrativa de um condomínio no Paranoá, em esquema de corrupção ativa e passiva.
Segundo a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Dema) e a Ordem Urbanística da Polícia Civil do DF, os auditores receberam lotes do condomínio Mini Chácaras do Lago Sul, no Altiplano Leste do Paranoá, como pagamento de propina para que eles avisassem ao síndico e à ex-diretora administrativa, as datas em que a Agefis faria as operações de desobstrução de áreas com uso irregular do solo. Esses auditores também deixavam de autuar o condomínio em casos de irregularidades encontradas.
Em depoimento à Polícia, eles negaram qualquer tipo de envolvimento e disseram que não têm lotes no condomínio. Mas a Polícia identificou que esses terrenos recebidos por eles estavam em nome de terceiros. É o que explica o delegado-chefe da Dema, Ivan Dantas.
Atualmente, dois dos auditores continuam na Agefis e o outro tem cargo comissionado no Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que combate, entre outras questões, o uso irregular do solo, no DF.
Os cinco envolvidos vão responder em liberdade e, caso mais provas sejam apontadas com as investigações, que continuam, podem pegar de dois a 12 anos de prisão, se condenados.