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Projeto em escola do DF combate exploração sexual na internet

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Ana Lúcia Caldas
20/05/2015 - 13:04
Brasília

Sonora: "Hoje em dia com esse avanço da tecnologia Whatsapp, Facebook , a nossa vida se tornou um livro aberto, porque com o Facebook você posta fotos com seus amigos com seu namorado ou namorado, e acaba mostrado para todo mundo."

 

Em uma era digital, onde existe o sexting, que é o envio de mensagens ou fotos com conotação sexual principalmente entre telefones celulares; o esparro, onde se compartilha de vídeos e fotografias com cenas pornográficas de adolescentes e o selfie de nudez, nem todo o jovem tem a consciência de Larissa, de 13 anos.

 

Ela é estudante do nono ano do Centro de Ensino Fundamental 12  de Ceilândia, no Distrito Federal, e é uma das alunas da professora de português Gina Vieira Ponte de Albuquerque, responsável por um projeto inovador e premiado pelo Ministério da Educação.

 

A professora conta que a ideia de trabalhar a prevenção por meio da valorizaçao veio depois que em uma rede social ela se surpreendeu com a postura de uma das alunas.


Sonora: "Em um dos meus acessos me deparei com uma aluna de 13 anos que aparecia dançando em um vídeo que tinha um teor e um apelo sexual muito grande, tanto da música quanto da coreografia que ela fazia. Aquilo me inquietou muito porque eu fique imaginando quais os desdobramentos aquilo poderia ter. Me chamou a atenção os comentários que eram inseridos na postagem dela e mais ainda que ela não se percebesse sendo ofendida."

 

Surgiu então o projeto de valorização da mulher e incentivo à leitura "Mulheres Inspiradoras”. Os alunos leram livros como Eu sou Malala, o Diário de Anne Frank e Quarto de Despejo, entre outros, com histórias de mulheres inspiradoras. Os estudantes também conheceram biografias de mulheres que lutaram por uma causa e que fugiram do estereótipo de objeto sexual.

 

Sonora: "Então eu tentei formar um time bem diversificado. Eu tentei formar um time bem diversificado. Mulheres jovens, negras, com escolaridade, sem escolaridade, justamente para evidenciar que aonde quer que a mulher esteja ela pode ocupar um papel importante que supere esses estereótipos de mulher reduzida a objeto sexual".


Os alunos foram incentivados a produzir os próprios textos, sobre mulheres notáveis da história ou  as mais inspiradoras na vida deles como a mãe, a avó, o que possibilitou a esses jovens conhecer um pouco também da própria história.

 

O projeto Mulheres Inspiradoras recebeu o prêmio Nacional de Educação de Direitos Humanos e o prêmio Professores do Brasil do Ministério da Educação.

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