O Detran, Departamento de Trânsito do estado do Pará, intensifica em julho a fiscalização do uso do cinto de segurança, especialmente no banco de trás dos veículos.
No ano de 2014, o órgão registrou quase doze mil infrações pela falta de uso do cinto. Cerca de mil ocorrências aconteceram na capital, Belém.
De janeiro a maio deste ano, não usar o cinto de segurança foi a quinta infração de trânsito com maior número de registros no estado. Somando quase seis mil notificações.
Em Belém, a transgressão ocupou a décima primeira posição no ranking de infrações.
O coordenador de planejamento do Detran estadual, Carlos Valente, explica que deixar de usar o cinto nos assentos traseiros é uma questão cultural.
Sonora: O motorista quando está na condição de motorista ele usa o cinto de segurança. Quando ele vai para a condição de passageiro no banco da frente ele usa o cinto de segurança. Mas lamentavelmente quando ele vai para o banco de trás ele não usa o cinto de segurança. Lamentavelmente é uma questão cultural.
O presidente regional da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia no Pará, Bruno Brasil, explica os riscos de não usar o cinto de segurança.
Sonora: O passageiro do banco traseiro quando ele não usa o cinto e o carro sofre um impacto, sofre um acidente, ele vai ser projetado para o banco da frente e para o teto. Sua cabeça pode bater no teto. E este mecanismo pode gerar graves danos, inclusive uma fratura da coluna cervical, ou até mesmo uma lesão na coluna. E ele pode gerar danos para o paciente do banco da frente que inclusive pode estar usando cinto de segurança".
De acordo com o manual sobre segurança no trânsito divulgado pela OMS, a Organização Mundial da Saúde, o uso do cinto é um dos cinco fatores para a redução da mortalidade no trânsito.