A Operação Malha Verde do Ibama, no Amapá, autuou 304 pessoas e aplicou 5 milhões e 500 mil reais em multas.
As investigações começaram em 2013 e identificaram um esquema ilegal na venda de madeira. Produtos nobres eram registrados como sobras da indústria de laminação e comercializados em 13 estados do país.
A fraude envolvia sete empresas amapaenses que lançavam dados falsos no DOF, o Documento de Origem Florestal, que controla o transporte de madeira no País. Cerca de cinco mil metros cúbicos eram transportados e comercializados com outras 75 empresas.
A Superintendente Substituta do Ibama no Amapá, Márcia Bueno, explica como o esquema foi descoberto.
Sonora “Essa Operação Malha Verde, foi feita a partir de análises no Sistema DOF. Com essas análises, verificou que estava entrando no sistema, aqui do Amapá, venda de rolete – que são resíduos da laminação, o '‘restinho’' que sobra quando é feita a laminação da madeira. Só que no Amapá não existe nenhuma laminação. Então, foi feita a vistoria nessas empresas e verificou que, realmente, elas não tinham as máquinas para fazer o rolete. Foi feita a vistoria e verificou que não era rolete, era outro tipo de madeira que estava saindo como sendo resíduo dessa indústria de laminação.”
A operação Malha Verde iniciou em março. Segundo o Ibama, trezentos e três suspeitos de participação na fraude já foram responsabilizados administrativamente e denunciados ao Ministério Público por crime ambiental. O processo envolvendo o último acusado identificado no esquema ainda está em andamento.




