Gestantes terão que se responsabilizar por cesáreas eletivas

Publicado em 07/07/2015 - 00:26 Por Victor Ribeiro - Brasília

A partir de agora, as gestantes que optarem por fazer cesariana mesmo sem indicação médica poderão ter cobertura do plano de saúde caso assinem um termo de responsabilidade.

 

Elas precisam declarar que estão cientes dos riscos que envolvem a cirurgia.

 

A enfermeira Verônica Teixeira espera Sofia há oito meses e meio. Ela ainda não decidiu como será o parto, mas acredita que quanto mais informação, melhor.

 

 

Com a medida, os médicos da rede particular passam a utilizar o partograma. É um gráfico que registra tudo o que ocorre durante o trabalho de parto.

 

Além disso, os planos de saúde também são obrigados a oferecer o cartão da gestante, que contém todas as informações sobre o pré-natal. Se a mulher decidir trocar de médico durante a gravidez, por exemplo, o cartão da gestante vai facilitar esse processo.

 

De acordo com a ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar, as medidas não vão acabar com as cesarianas, mas oferecer mais informações. O assessor da Diretoria de Produtos da ANS, João Luiz Barroca, explica que o objetivo é que a mulher escolha de maneira mais consciente como será seu parto.

 

 

As mudanças já estão em vigor e fazem parte de um conjunto de medidas anunciadas nesta segunda-feira pela ANS. A ideia é reduzir o número de partos cesáreos e aumentar o de partos normais.

 

O percentual de cesarianas na rede pública de saúde é de 40%, enquanto nos hospitais particulares atinge 84%.

 

Para o médico Daniel Knupp, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o Brasil vive uma epidemia de cesáreas e isso coloca em risco tanto a gestante quanto o bebê.

 

 

Se os planos de saúde descumprirem a resolução da ANS, podem ser multados em até 25 mil reais.

 

A reportagem procurou a Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa os planos de saúde. Eles não quiseram se manifestar.

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