Há 94 anos, era anunciado o isolamento da insulina, hormônio fabricado pelo pâncreas, que permitiu o controle do diabetes.
Os experimentos com cães que permitiram o isolamento da insulina foram conduzidos pelo médico canadense Frederick Grant e seu assistente, o americano Charles Best.
Os pesquisadores realizaram uma cirurgia que fechou o canal que transporta para o duodeno os hormônios e enzimas produzidos no pâncreas.
Semanas depois, observaram que as células pancreáticas haviam sumido, permanecendo no órgão apenas as células que produzem a insulina e o glucagon, substâncias que agem como reguladores do metabolismo do açúcar.
Com essa descoberta, pela primeira vez na história ficou demonstrada a relação da secreção interna pancreática e o diabetes melitus.
No início de 1922, o extrato da insulina foi purificado pelo bioquímico canadense James Collip, permitindo-se assim a aplicação em humanos.
O primeiro a receber a injeção de insulina foi um jovem de 14 anos que tinha diabetes melitus do tipo 1 há três anos.
Até essa época, quem tinha diabetes era tratado apenas com dietas extremamente restritivas, que contribuíam ainda mais para perda de peso.
Ainda no ano de 1922, a insulina purificada foi oferecida para a indústria farmacêutica que passou a vender o produto para a população.
A descoberta da insulina foi uma grande conquista para o tratamento e a sobrevida dos pacientes com diabetes melitus. A razão é simples: é que sem a insulina, a glicose não entra nas células onde é transformada em energia. E, ao acumular-se no sangue, acaba causando a doença.
Segundo historiadores, o termo diabetes provém do verbo grego diabeinen, que significa sifão, em referência à grande eliminação de urina pelos doentes.
A primeira referência à doença teria sido feita pelo grego Areteu da Capadócia no século II depois de Cristo. Contudo, há indícios de que ela já era conhecida vários séculos antes disso.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. É publicado desegunda a sexta-feira.