Para ser um doador de órgãos após a morte, não é preciso deixar nada por escrito, mas é fundamental que a família conheça esse desejo, porque só ela pode autorizar.
De acordo com a coordenadora de transplantes da Fundação Pró-Rim, Luciene de Bone, um único doador pode salvar várias vidas.
Graças à solidariedade da família de um homem que teve morte cerebral depois de um acidente de trânsito, no ano passado, Benjamin Melo teve a chance de receber um novo coração. Ele teve três infartos, que destruíram o órgão.
No Brasil, o diagnóstico de morte cerebral é definido em resolução do Conselho Federal de Medicina. Um termo deve ser registrado em prontuário, com detalhes dos exames neurológicos que comprovem que o órgão parou de funcionar.
Já o doador vivo é aquele que pode dar a outra pessoa um órgão ou tecido sem comprometer a própria saúde. De acordo com a lei, podem ser doadores parentes até quarto grau e cônjuges. Os que não forem parentes só podem fazer o procedimento com autorização judicial.
Segundo a médica nefrologista e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Tainá de Sandes, o número de doadores vivos têm diminuído nos últimos anos.
O doador vivo pode fornecer um dos rins, medula óssea, parte do fígado, e, em alguns casos, parte do pulmão e do pâncreas.
Para aqueles que estão na fila de espera, Benjamim Melo, aquele que recebeu um novo coração, deixa uma mensagem: não desistam nunca!